Arquitetura e Urbanismo pela estudante Ana Rúbia Ferraz

26 de maio de 2010

Passage 56

Na Rua Saint Blaise, em Paris, havia uma passagem a qual ninguém dava muita importância. O espaço é uma espécie de evaginação da rua, limitado pelas construções do quarteirão.
Isso até o Atelier d'Architecture Autogérée (AAA) ser chamado a explorar o potencial dessa área e transformá-lo em um Espaço cultural ecológico, como é conhecido hoje.
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O projeto abrange desejos de moradores da área junto ao princípio ecológico: arquitetura em estruturas de madeira, banheiros secos de compostagem, aproveitamento de água da chuva, telhado verde, reciclagem de materiais, produção de energia autônoma (painéis fotovoltaicos) são alguns exemplos.
O espaço é usado regularmente pelas pessoas da região para diversas atividades como jardinagem, cultivo de vegetais, reuniões, debates, festas, workshops e shows, sempre dividindo as responsabilidades.
A Passage 56 ganhou menção honrosa no European Prize for Public Spaces de 2010.


Referências em:

5 de maio de 2010

Revista Manuelzão - Números 3 e 4

Edições de 1998, as 3ª e 4ª revistas abordam as primeiras iniciativas e propostas do Projeto além de introduzir alguns conceitos de preservação hoje comuns, mas que na época estavam começando a ser expandidos.
O número 3 fala sobre:
  • Os principais meios de degradação da Bacia do Velhas.
  • Como a poluição do Arrudas agrava esse quadro e a evolução (para pior) desse rio ao longo do tempo. Por isso trata também da revitalização especificamente do Arrudas.
  • A importância da água e o compromisso em preservá-la através de várias iniciativas no Rio das Velhas, em uma carta.
  • Estabelecer algumas prioridades para um planejamento ambiental nos municípios.
  • Alguns dados simples que juntos fazem referência ao Projeto. São eles: Tempo de decomposição de materiais, distribuição da água na Terra e doenças relacionadas com a água.
Bacia do Rio das Velhas
O número 4 traz:
  • A parceria dos Projeto Manuelzão e Adote uma Bacia no bairro Alto Vera Cruz, onde houve reivindicações por coleta de lixo e saneamento básico.
  • A conclusão positiva de uma supervisão feita no Projeto por técnicos da Secretaria Nacional de Recursos Hídricos que avaliaram o Manuelzão como exemplo.
  • As expectativas de ampliação de pesquisas e extensão do ensino médico na Universidade. Algumas relacionadas ao Manuelzão sendo, inclusive, dadas palestras de orientação aos alunos estagiários.
As reportagens de capa de ambas revistas são complementares e são elas o meu destaque:

A Caminhada Ecológica VIVA O RIO DAS VELHAS, que aconteceu na pista de cooper da Avenida dos Andradas no Dia Mundial do Meio Ambiente (5/06) de 1998, foi anunciado para convocação no primeiro número em estudo e no segundo tem-se o resultado.
Mais de 4 mil pessoas compareceram ao evento, superando as expectativas segundo os organizadores. Autoridades de setores envolvidos também estavam lá e algumas fizeram promessas de colaboração ou até assinaram uma carta de intenções em defesa do Rio das Velhas.
Atividades artísticas e exposição de trabalhos ambientais ficaram à disposição da população, assim como um projeto arquitetônico de recuperação do rio Arrudas baseado em um Boulevard.
A manifestação tinha objetivos definidos e realmente estabeleceu negociações, infelizmente algumas delas foram feitas em prazos muito maiores ou nem foram concluídas efetivamente, como as Estações de Tratamento e a "super-retirada" dos esgotos lançados.
Outro aspecto foi o Boulevard Arrudas, projeto que teve início e pretende-se continuidar, mascarando o rio Arrudas, não promovendo sua revitalização.

Principal fonte:
REVISTA MANUELZÃO, Belo Horizonte: Sempre E ditora, 1998-
Imagens e informações complementares:

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